A utilização de compósitos de fibras de carbono na reabilitação de estruturas vem ganhando cada vez mais espaço como solução de engenharia devido a algumas de suas propriedades tais como a elevada resistência à tração, pequeno peso, grande durabilidade e a capacidade de assumir as mais diversas formas.

Dentre outras vantagens também há que se destacar a rapidez na sua aplicação e a pequena interferência na mudança da geometria das peças reparadas, fator importante em obras com limitação de espaço, características que favorecem o uso dessa solução em edificações em funcionamento.

Os compósitos de fibras de carbono resistem a tensões de tração de até 4.500 MPa (aproximadamente dez vezes mais que o aço de construção), e podem apresentar módulo de elasticidade de 230 GPa.

O material não é afetado pela corrosão eletroquímica e resiste aos efeitos corrosivos de ácidos, álcalis, sais e outros agentes agressivos.

Basicamente o sistema é composto por uma matriz polimérica, a quem cabe a função de manter as fibras que as estruturam coesas, propiciando a transferência das tensões de cisalhamento entre os dois elementos estruturais, concreto e fibra de carbono e o elemento estrutural, constituído pelas fibras de carbono. As fibras dispostas unidirecionalmente dentro das matrizes poliméricas absorvem as tensões de tração decorrentes dos esforços solicitantes atuantes.

Para a garantia da qualidade do reforço estrutural é de fundamental importância a especialização dos profissionais envolvidos na aplicação dessa solução pois há necessidade do pleno conhecimento das características dos materiais bem como das particularidades envolvidas no processo de execução.